Era exactamente meia noite e doze minutos quando recebi uma mensagem tua a desejar-me um Bom ano novo, querias alongar as tuas palavras mas não podias, o previsto aconteceu tiveste que ir trabalhar e eu tive que vir para o Porto sozinha. Tivemos uma péssima discussão de manha, quando te liguei a pedir-te que viesses a minha casa, para conversamos, e como é obvio, fui estúpida contigo. Desculpa. Mas não vim aqui escrever-te hoje por causa disso. Hoje é o primeiro dia do ano, e decidi fazer uma breve avaliação de tudo o que me tivera acontecido em dois mil e nove. Olhei para tudo o que me passou nas palmas da minha mão, e o quanto cresci neste ano, em dois mil e nove tornei-me independente, vim viver para Guimarães e voltei a ter-te, voltei a falar com pessoas que se tinham afastado de mim, como conheci outras que hoje são praticamente tudo na minha vida, enquanto descobri que outras não me eram nada, e se afastaram de mim, aprendi que lutar faz parte da vida e que devemos nunca desistir daquilo que acreditamos e sobretudo devemos lutar sempre por quem amamos, apesar de o amor ser um sentimento incógnito de ser demonstrado.  Existe varias etapas na vida que nem sempre nos sorri, e que andamos de cabeça caída, com lágrimas nos olhos, e estamos quase sempre perto do abismo que se proporciona, umas vezes temos capacidade de superar a sua barreira, outras vezes temos a estupidez de não saber lidar com a situação e desistir daquilo que nos testa. Passou-me agora mil e um episódios de tudo, do meu primeiro dia em Guimarães, quando vieste ter comigo depois das aulas, da semana que nos separou, no fim de semana que pouco soube de ti,da quinta-feira que nunca conseguirei esquecer, do festival que decidi dizer-te adeus, das vezes que te vi no centro da cidade, da conversa das declarações, do pedido de namoro numa terça-feira, dos fins do semana no Porto, nos almoços com a minha família, dos filmes em minha casa, das tardes no sofá, do red bull, do dia na praia com a minha irmã, nos dias de piscina na minha casa, daquele dia em Braga, das viagens enormes de comboio do Porto-Guimaraes, das noites mal dormidas, das brincadeiras pela webcam, dos lençóis já partilhados, dos beijinhos trocados, das promessas citadas e outras faladas, dos sorrisos, das brincadeiras parvas, das parvalhices das conversas que ninguém entende ou apanham a meio, das compras que nunca sabemos fazer, do fim da tarde do modelo e da parte do ‘’piso humido’’, dos sustos, e desta tu nunca iras esquecer, de fugir dos teus pais no continente, das aventuras falhadas, das aventuras perfeitas, dos amuos, das palavras, dos amo-tes, dos dias, das mensagens, das inquietações, dos medos, das vezes que nos apanham, dos ciúmes, das cusquices, das vezes que estamos na janela são centenas, dezenas de momentos, sensações, recordações, dias, horas, minutos, semanas, meses lado a lado um do outro a observar cada momento entre nós, da minha ida a Lisboa e s saudades que ficaram, os dias que contamos para voltarmos a estar juntos, de eu ficar mais morena que tu, porque não tomo banho, daquele dia da janela e tu te recordas tão bem, és o homem da minha vida, foste tu que fizeste este ano ser o melhor de todos, fizeste a diferença e sobretudo fizeste-me a mulher mais feliz do mundo, estou a chorar imenso, estou uma parva tudo porque és tu, és a pessoa mais incrível que conheci em toda a minha vida, a pessoa mais especial, única e diferente que me apareceu, deste-me as melhores sensações, os melhores sorrisos porque tu sabes fazer-me dar uma gargalhada, sabes meter-me amuada, sabes fazer de tudo para que eu tenha ciúmes, sabes dar-me o prazer de viver, dás-me lágrimas por varias vezes, e choro sempre com muita facilidade mas também sabes fazer-te feliz, e cada vez que vejo que temos mais um mês passado, e que foi juntos é como eu fosse um puzzle e contigo eu posso descobrir cada peça de mim, porque tive o sabor de descobrir contigo, este texto tu vais ler, este texto tu vais comentar, e não vou escrever mais nada a não ser no dia em que vieres aqui e leres isto, OBRIGADA, Cristiano José Fernandes Pereira, meu namorado, meu orgulho,  Homem da minha Vida, e do meu dia a dia eu não quero mais ninguém, e como eu digo sempre,’’ depois de ti só te quero a ti, e quanto mais te tenho, mais te quero, e por mais caminhos separados eu estou sempre contigo’’. Fica comigo, não hoje, não amanha fica comigo diariamente, hoje não vou dizer-te que vamos ficar juntos para sempre, mas vai ficando, vai lutando comigo desse lado, vamos continuar a descobrir cada diferença, vamos continuar a descobrir cada bocadinho de nós, continua a que o teu corpo se encaixe tão bem no meu, continua a descobrir as minhas partes, continua a deixar-me a respirar de alegria sempre que estamos juntos, continua marcar-me com momentos, não preciso que me faças supresas, que me dês presentes ou que me enchas de coisas, eu só te quero a ti, e tudo aquilo que tu és. Não somos fáceis, nem nunca poderemos ser. Ensinaste-me a crer-te só a ti, a não aceitar outro beijo, outro abraço ou outro carinho que não seja o teu, aprendi que és tu me entende,  descobri que para alem de um namorado és a melhor pessoa do mundo. Eu amo-te e amo tudo em nós. Mesmo quando parece que não. E não te preocupes, se não arranjares palavras certas para este meu enorme testamento, não ficarei chateada, quando o leres estarei a teu lado, basta me abraçares e isso conta muito mais. Amo-te.